O Que é PHP?

Guia Básico de Programação PHP

Numa explicação de poucas palavras, PHP é uma linguagem de programação utilizada por programadores e desenvolvedores para construir sites dinâmicos, extensões de integração de aplicações e agilizar no desenvolvimento de um sistema.

Essa linguagem é mundialmente conhecida e uma das mais utilizadas pela facilidade em aprendê-la, manuseá-la, além de ser compatível com quase todos os sistemas operacionais que existem – o que torna seu custo menor. Neste artigo nós vamos mostrar a importância dessa sigla, além da estrutura e vantagens dessa linguagem.

Vamos lá?

Linguagens de Scripts

PHP é um acrônimo recursivo para PHP: Hypertext Preprocessor (Pré-Processador de Hipertexto), que originalmente se chamava Personal Home Page (Página Inicial Pessoal).

Ele também é um subconjunto de linguagens de scripts como JavaScript e Python. A diferença é que PHP costuma ser mais usado para comunicação do lado do servidor (frontend). 

Enquanto isso, JavaScript pode ser usado tanto para o frontend quanto para o backend – e Python é apenas para o lado do cliente (backend).

Parece confuso? É por isso que precisamos primeiramente entender sobre linguagens de script antes de mergulhar de maneira profunda no PHP.

Uma linguagem de script serve para automatizar a execução de tarefas num ambiente de tempo de execução especial. Isso inclui dizer para uma página estática (construída com HTML e CSS) para executar ações específicas com regras que você definiu anteriormente.

Por exemplo, você pode usar um script para validar uma forma de garantir que todos os campos de um formulário foram preenchidos antes que eles sejam enviados de volta para o servidor.

O script, então, iria rodar e checar todos os campos quando um usuário enviar o formulário. Se um deles estiver vazio, um texto de alerta seria exibido para informar o usuário disso.

Outros usos comuns de linguagens de script incluem mostrar um efeito de menu drop-down quando o cursor do mouse é passado sobre o menu principal, exibir botões de rolagem e animações, abrir caixas de diálogo, e assim em diante.

Quando Surgiu e Como Funciona

Nos dias atuais, o PHP, é uma das linguagens de programação mais usadas no mundo. O termo PHP foi criado com apenas um aglomerado de códigos CGI – um elemento que torna a ligação física ou lógica entre dois sistemas ou servidores, descritos em uma linguagem C.

A ideia inicial era acompanhar o tráfego do site pessoal do criador. Os anos passaram e o criador desenvolvia scripts, o que aumentava os recursos que o site dele tinha.

O sucesso dessa linguagem foi tão grande que o criador, Rasmus Lerdof, transformou o aglomerado de códigos CGI em uma linguagem de programação. Com isso, a grande maioria dos sites e aplicações passaram a utilizar o PHP como linguagem principal.

Versões PHP

Em 1997, dois programadores reformularam os códigos do PHP e lançaram o PHP 3, mudando o nome de Personal Home Page, para PHP Hypertext Preprocessor, como falamos acima. Essa versão contou com a primeira forma de recursos de orientações a objetos.

Com essa atualização, os programadores podiam implementar métodos e códigos. Testes públicos foram feitos e em junho do ano seguinte ele foi lançado de maneira oficial. Dois anos depois, a versão PHP 4 foi lançada, dando mais recursos para a linguagem.

Essa versão apresentou um problema: a possibilidade de criar cópias de objetos. Isso porque a linguagem não trabalhava com handlers ou apontadores. Isso foi corrigido na versão PHP 5.0, a mais utilizada pelos programadores.

Atualmente, o PHP está na versão 7.2. E não, não houve um salto da versão 5.0 para a 7.2, apenas a preferência de programadores pela versão 5.0 ou 5.3 entre as versões 6.0 e 7.0.

Mas chega de história, pois para entender como utilizar o php na criação de um projeto, você precisa entender a linguagem que ela trabalha, ou melhor dizendo, os primeiros passos para programar algum sistema web.

Lado do Servidor (backend) e Lado do Cliente (frontend)

Linguagens de script podem rodar tanto do lado do servidor (backend) quanto do lado do cliente (frontend).

Scripts do tipo frontend são processados pelos navegadores. Quando o seu browser – também conhecido como o cliente – solicita uma página contendo scripts do lado do cliente, o servidor responde enviando os códigos-fontes que são executáveis pelo navegador.

Por outro lado, linguagem de scripts do tipo backend significam que esses scripts são executados nos servidores antes de serem enviados ao navegador. Então ao invés de mandar o código-fonte, os servidores da web processam (parse) os códigos antes ao transformá-los num formato HTML puro.

Imagem ilustra diferentes modos de utilização da linguagem PHP

O Que é PHP?

Como mencionamos acima, trata-se de uma linguagem de script criada para comunicações do lado do servidor. Consequentemente, ela é capaz de lidar com várias funções de backend como coletar formulários de dados, gerenciar arquivos do servidor, modificar bases de dados e muito mais.

Apesar do PHP ser considerado uma linguagem de scripts de propósito geral, ela é mais usada para desenvolvimento na web. Isso acontece por causa de um de seus recursos mais notáveis: a habilidade de ser integrado num arquivo HTML.

Vamos dizer que você não quer que as pessoas vejam o seu código-fonte. Para resolver isso, basta escondê-lo com essa linguagem de scripts. Simplesmente escreva o código num arquivo PHP, integre-o no HTML e, então, as pessoas nunca saberão qual é o conteúdo original.

Outro benefício desse recurso em particular é quando você tem que usar marcações HTML repetidamente. Ao invés de reescrevê-los de novo e de novo, apenas implemente o código num arquivo PHP. Quando precisar usar o HTML, insira o arquivo PHP e está tudo pronto.

Um exemplo de uma página PHP pode ser encontrado no Facebook. Abra a página inicial e você pode ver que a URL termina com .php (facebook.com/home.php).

Em outras palavras, essa página é criada com um arquivo php (home.php) que contém uma mistura de código de pré-processador de hipertexto e tags HTML.

Se você quer aprender mais sobre como um arquivo PHP é escrito, você pode ver um exemplo abaixo:

  1. <html>
  2. <head>
  3. <title>Teste PHP</title>
  4. </head>
  5. <body>
  6. <?php echo ‘<p>Saudações da Hostinger</p>’; ?>
  7. </body>
  8. </html>

Se você colocar esse arquivo PHP escrito no diretório raíz do seu site, iria encontrá-lo ao acessar seusite.com/saudacoes.php.

A saída desse arquivo PHP em HTML iria ficar assim:

  1. <html>
  2. <head>
  3. <title>Teste PHP</title>
  4. </head>
  5. <body>
  6. <p>Saudações da Hostinger</p>
  7. </body>
  8. </html>

Esse é o exemplo mais básico, já que você sequer precisa rodar esse script de qualquer maneira ou em qualquer formato. Nós simplesmente usamos o comando echo para dizer para a página exibir Saudações da Hostinger. Esse exemplo, contudo, mostra como o seu site pode interpretar código PHP dentro do HTML.

Por Que Usar PHP?

PHP não é a única linguagem de script server-side disponível – existem muitas outras disponíveis. Entretanto, ela tem uma vantagem sobre seus competidores se você está rodando um site WordPress.

Como mencionamos anteriormente, o WordPress é construído usando PHP. Então ao usar essa linguagem, ele pode aumentar drasticamente a quantidade de customização que você pode ter no seu site.

Você pode usá-lo para modificar os plugins e temas disponíveis ou até mesmo criar o seu próprio. Se você quer se tornar um desenvolvedor WordPress, aprender PHP é uma obrigação.

Com ele, você consegue criar aplicações para efetuarem alguma tarefa que o usuário determinar. Essas aplicações são compiladas dentro de um servidor, chamado de server-side, ou, script do lado do servidor – termo tradicional e muito utilizado pelos programadores quando se fala em PHP.

Para você conseguir fazer esses scripts funcionarem, vai precisar dos seguintes itens: um navegador, o interpretador do PHP e um servidor web. Você pode aprender a instalar esses itens no guia de instalação e configuração do php.

Ainda falando em scripts, com o PHP você pode criar um script e utilizá-lo sem a necessidade de ter um navegador. Você precisa somente do interpretador. Essa função é muito útil para programadores que desejam executar o script para criação de APIs. O recurso é chamado de execução de script via linha de comando.

Você também pode criar aplicações para desktop. Não é muito comum, mas se você é um programador que gosta de desafios, conseguirá utilizar os serviços mais avançados. Para fazer isso, você precisa utilizar o PHP-GTK, uma extensão do PHP que vai te ajudar a criar essas aplicações.

Caso você ainda não esteja convencido, aqui estão alguns outros motivos para entender que o PHP é uma ótima linguagem de script para se utilizar:

  • Fácil de aprender —  você pode aprendê-la facilmente já que ela tem ótima documentação sobre suas funções junto de exemplos.
  • Amplamente utilizada — ela é utilizada para criar qualquer tipo de plataformas como ecommerce, blogs, redes sociais e assim em diante. Estatísticas mostram que 79% de todos os sites usam PHP!
  • Baixo custo — ela é de código-aberto então você pode usá-la gratuitamente.
  • Grande comunidade — se você encontrar qualquer problema com ela, não é necessário se preocupar porque há muitos blogs sobre PHP na internet.
  • Integração com bases de dados — alguns exemplos são MySQL, OracleSybaseDB2, etc.

Dicas de Aplicações Para o PHP

Desenvolver um site ou algum projeto na internet não é nada fácil. Existem coisas que você deve se preocupar bastante para que tudo ocorra perfeitamente, como a segurança.

Afinal, é necessário garantir a confiabilidade do seu sistema e dos usuários que o visitam. Por isso, os programadores precisam ficar cientes e atentos às ameaças que existem no mundo da internet.

1 – Cookies Diferentes

A primeira dica é evitar que ocorra roubo de sessão. Qualquer invasor tem conhecimento do nome padrão utilizado pelo PHP para salvar IDS, que é PHPSESSID. Ao mudar esse nome, você dificulta a entrada ou ação de algum invasor que queira prejudicar a aplicação.

2 – Acesse Cookies via HTTP

Os IDS são armazenados de maneira padrão, como acabamos de mostrar acima. Porém, a propriedade session.cookie_httponly não é padrão. 

Dentro do PHP, existe uma configuração, onde é possível acessar os valores das variáveis salvas no navegador através do JavaScript, o que traz um risco para sua aplicação.

Portanto, é recomendável que seja habilitado o session.cookie_httponly no arquivo php.ini. Fazendo isso, você torna possível acessar as informações somente via HTTP.

Isso impediria o famoso Cross-site scripting (XSS), um ataque que se aproveita da vulnerabilidade de um sistema e códigos JavaScripts são injetados para roubar informações do site que foi atacado.

3 – Proteja suas Pastas Confidenciais

Esse método não é exclusivo de páginas que foram programadas com linguagem PHP. É uma defesa básica na configuração do servidor web, porém importante.

Dentro do PHP você encontra diversas configurações armazenadas em arquivos XML, txt, JSON, ini e muitas outras. Quando você acessa esses arquivos pelo navegador, todos ficam visíveis. Se houverem informações ou arquivos confidenciais, você precisa se proteger.

Porém, essa configuração é somente para servidor web Apache, e que o mod_rewrite esteja habilitado para que o arquivo .htaccess funcione corretamente com as instruções abaixo:

  1. <Files>
  2. order allow, deny
  3. deny from all
  4. </Files>

Isso irá evitar o acesso.

PHP vs JavaScript

Nós mencionamos anteriormente que você pode fazer várias coisas com PHP. Contudo, ele é mais amplamente utilizado para gerar conteúdos dinâmicos.

Se você está familiarizado com o JavaScript, pode saber que ele também é usado para fazer com que uma página estática se torne mais dinâmica e interativa. Portanto, nós temos duas linguagens de script que possuem funções similares.

Por que precisamos de ambas? Quando se trata de criar um website dinâmico, de fato é possível projetar um que rode apenas em JavaScript. Contudo, a funcionalidade pode variar consideravelmente – não necessariamente no bom sentido.

Com o JavaScript, você pode criar um site dinâmico que permite interações simples como efeito de rolagem do mouse, autocorreção e galerias de fotos. Mas ele não pode criar conteúdo gerado por usuários como redes sociais e ecommerce (sites que mudam de acordo com o comportamento do usuário). Para fazer isso, você precisa de PHP.

Vamos dizer que você está fazendo o login numa rede social. Para mostrar o seu perfil, o PHP recupera os seus dados da base de dados e envia o resultado para o seu navegador.

Quando você promove uma alteração no seu perfil, o PHP irá guardar essa nova informação na base de dados para recuperações futuras. O processo total faz com que seja possível para uma rede social exibir diferentes conteúdos para usuários distintos.

No final das contas, isso significa que JavaScript e PHP não são competidores. Ao invés disso, eles complementam um ao outro para criar um site belo e dinâmico.

PHP é uma linguagem de programação altamente popular, que está presente em 70% dos sites

Conclusão

PHP é uma linguagem de script do tipo server-side com diversos propósitos. Porém, ela é principalmente utilizada para gerar conteúdos dinâmicos num site.

Trata-se de uma linguagem altamente popular devido à sua natureza de código aberto e suas funcionalidades versáteis. Ela é simples o suficiente para novatos, mas programadores profissionais podem também usá-la para recursos mais avançados.

Aprender e entender PHP indubitavelmente irá melhorar as suas habilidades de desenvolvedor – você poderá criar qualquer tipo de website que desejar, se tornar um desenvolvedor WordPress habilidoso e até mesmo criar uma aplicação para web um dia!

Então, como você pode ver, há todos os motivos para você aprender PHP, não é mesmo?